quinta-feira, 14 de abril de 2011

Exposições brasileiras estão entre as mais visitadas do mundo



É a primeira vez. Sim, aconteceu. Exposições temporárias realizadas em instituições brasileiras estão entre as 15 mais visitadas do mundo em 2010, de acordo com o ranking da publicação inglesa The Art Newspaper.
As mostras temporárias “Islam”, “Regina Silveira: Shadow line” e “Rebecca Horn” todas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro ocupam respectivamente o 13º, 14º, e 15º lugar. A "29ª Bienal de São Paulo" teve ainda um melhor resultado, com 6,859 visitantes por dia ela aparece na 12º posição.
Nenhum outro país da América Latina aparece no top30, dominado por Japão e Estados Unidos. Grandes museus franceses como o Grand Palais também emplacaram exposições de grande público, mas seu desempenho foi certamente menor do que o esperado. No entanto, segundo o texto, o país conserva o título de museu mais visitado do planeta com o Louvre.
Quem fala em exposição blockbuster, ou simplesmente exposição grande público, fala de um plano de comunicação, forte presença na web, exposição midiática e orçamento compatível. Mais uma vez provamos nossa incansável capacidade de fazer mais com menos, se compararmos os recursos envolvidos em exposições temporárias em outros continentes.
Mesmo acreditando que estamos formando público, que as visitas escolares representam uma parte importante do público e que a frequentação global dos museus brasileiros vem realmente aumentando, é preciso falar um pouco sobre os critérios de avaliação usados na pesquisa.
Foram analisados dados fornecidos pelas próprias instituições. O que conta é o número de visitantes por dia e não o público global da exposição. Para se ter uma ideia, a primeira colocada, a mostra “Hasewaga Tohaku” no Museu Nacional de Tokyo, na capital japonesa, soma 292 mil visitantes, enquanto a terceira colocada, na National Gallery of Art, em Washington recebeu ao todo cerca de 3 milhões de pessoas. É dessa forma que a exposição "Grown and Diadem Ornament Baekje", no Gongju National Museum, na Coréia do Sul, com um total de 144,843 mil visitantes, de longe o pior resultado global entre os primeiros, consegue aparecer no 21º lugar.
Nada é dito, por exemplo, sobre o método utilizado para contabilizar o público nas instituições, ainda mais quando se trata de exposições gratuitas e que não emitem bilhetes, como é o caso do CCBB.
A publicação completa é muito rica, disponibiliza números interessantes sobre as mostras mais visitadas por tema ou cidade, além da lista completa das mais populares. Você pode consultar AQUI a íntegra.