sexta-feira, 13 de abril de 2012

Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento

Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul realizará no dia 24 de abril, às 19 horas, o  lançamento do catálogo do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. O evento será no Café  da Imprensa localizado no prédio da Associação Rio-grandense de Imprensa – ARI, Avenida Borges de Medeiros, nº, 915, térreo – Centro Histórico - POA e tem o apoio do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros que coordena e pauta discussões em torno de uma mídia plural e  sobre questões etnicas raciais no Sindicato. A apresentação do catálogo Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento  integra a programação comemorativa aos 70 anos do Sindjors.

O Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, e é promovido em parceria com as Cojiras de Alagoas, Paraíba, São Paulo, Distrito Federal e o Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Rio Grande do Sul.  Todas as comissões, bem como o Núcleo, são  vinculadas aos respectivos sindicatos de jornalistas locais. O projeto conta com o patrocínio da Fundação Ford e da Fundação W. K. Kellogg. 

Para fazer a apresentação do catálogo e visitar as redações dos veículos de comunicação da capital gaúcha virá do Rio de Janeiro a jornalista Sandra Martins, integrante da Cojira. Sua presença no Estado é para dar visibilidade ao Prêmio e incentivar a participação dos jornalistas rio-grandenses.  Este Prêmio tem o propósito de estimular a produção de conteúdos jornalísticos que contribuam para a prevenção, o combate e a eliminação de todas as formas de manifestação do racismo e da discriminação racial. Na primeira edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, realizada em 2011, concorreram  150 trabalhos. Para este ano, os organizadores visam duplicar o número de inscrições com trabalhos  oriundos de todo o país.

O prêmio Abdias Nascimento  também se propõe a incentivar a cobertura jornalística sobre o combate às desigualdades raciais no Brasil, além de impulsionar nas redações em todo o país a prática de um jornalismo plural com foco na promoção da igualdade racial. Batizado em homenagem a este ativista histórico dos direitos humanos, o Prêmio destacará a produção de conteúdos jornalísticos que contribuam para a prevenção, o combate às desigualdades raciais e a eliminação de todas as formas de manifestação do racismo.  Desta forma, objetiva estimular a prática de um jornalismo plural com foco na promoção da igualdade racial.

Uma das metas principais é valorizar as iniciativas no jornalismo brasileiro que estejam contribuindo para a compreensão do racismo como um problema estrutural no campo das desigualdades e dar visibilidade às soluções inovadoras para a superação do racismo no país.

 Inscrições
As inscrições para concorrer na segunda edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento começam a partir de maio deste ano. Estarão aptas a concorrer as reportagens publicadas e/ou veiculadas no período de 01 de maio de 2011 até 30 de abril de 2012. Acompanhe as novidades no site:www.premioabdiasnascimento.org.br  Entre os temas sugeridos para concorrer ao Prêmio, estão: saúde da população negra, intolerância religiosa, juventude negra, ações afirmativas, empreendedorismo, desigualdades, direitos humanos, relações raciais, políticas públicas, populações/comunidades tradicionais e discriminação racial.
 Quem foi Abdias Nascimento
 O ex-senador Abdias Nascimento foi um ícone no combate ao racismo no país. Nascido em 1914, desenvolveu vasta produção intelectual como ativista, político, pintor, escritor, poeta, dramaturgo. Natural de São Paulo participou dos primeiros congressos de negros no país. Já no Rio de Janeiro, criou o Teatro Experimental do Negro (TEN) na década de 1940. Como jornalista, foi repórter do Jornal Diário, além de ter trabalhado em vários periódicos. Fundou o Jornal Quilombo e também foi filiado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro desde 1947. Pressionado pela ditadura, se exilou nos Estados Unidos durante 13 anos. De volta ao Brasil, ocupou os cargos de Deputado Federal e Senador da República. Foi professor emérito da Universidade de Nova York e Doutor Honoris Causa por várias instituições de ensino superior, entre elas, a Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Faleceu aos 97 anos na noite de 23 de maio de 2011.